Adoro o Natal, adoro mesmo.
É provavelmente a
minha época do ano preferida. Tirando o meu aniversário. Porque no aniversário
as pessoas são simpáticas para mim. E eu gosto que as pessoas sejam
simpáticas comigo.
Mas voltando ao Natal. Porque gosto tanto do Natal? Chamem-me
sentimentalista, mas eu gosto do “verdadeiro” significado do Natal.
Tem sido moda de uns anos para cá não gostar desta festividade. E
quando falo de moda, estou a usar o termo correcto. Sem motivo nenhum aparente
apenas dizem “que não gostam”, complementam isso com um bocejo e acabam por
falar do consumismo num discurso gasto, que se nota claramente que leram aquilo
num lado qualquer. E o mais giro é que as pessoas que mais se arrastam em
discursos moralistas, são as primeiras a fazer beicinho pela falta de prendas
ou falta de “feliz natal” ou apenas uma indiferença nessa data.
Mas não quero falar dessa gente que me deixa mal disposta.
Quero falar do Natal. Porque me deixa feliz.
O Natal é uma desculpa para estar com os outros. É aquela altura
do ano em que nos lembramos que não existimos só nós, e até há outra gente além
de nós no mundo. É aquela data do ano em que não nos importamos de abraçar toda
a gente que vemos na rua. Em que estamos perto de pessoas que não temos
oportunidade de estar por motivos que não interessam. Porque o que interessa é
que naquela altura estamos com elas.
Também há as prendas. Com risco de parecer mentirosa, eu gosto
mais de dar prendas do que recebe-las. Eu gosto de receber prendas, muito, mas
faz-me muito feliz encontrar a prenda perfeita para alguém e ver a cara dessa
pessoa ao abrir o embrulho.
O Natal é a altura do ano em que estou a estudar o dia todo e
mesmo assim parecem férias, mesmo que esteja com o cérebro em papa. É a época
em que pode ser que neva, e eu gosto dessa altura. Não há nada mais bonito que
acordar de manhã e ver a minha gata a brincar na neve.
Até aprecio o Inverno que toda a gente se queixa. O frio? Mil
vezes ao calor do Verão, adoro andar com roupas e casacos de “Inverno”, de me
aconchegar ao quentinho na cama e de me aproximar dos aquecedores. E a água sabe
melhor no Inverno. Sabe a neve.
Adoro o Natal, faz-me sentir uma criança. Ainda mais uma criança do
que já sou. Faz-me feliz e dá-me uma sensação de calma. E stress também, fazer
os doces, as entradas e as comidas. E depois ficamos todos satisfeitos, no
final da ceia de consoada.
No Natal estamos unidos. Se estou condicionada apenas por ser um
dia no calendário? Não quero saber. Se é uma desculpa é uma boa desculpa. Nunca
fez mal a ninguém esquecer-se do seu pequeno mundo para olhar em volta. Algo
que me condicione para ficar feliz.
Adoro o Natal!
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